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Consulta ou teleconsulta? Eis a questão

A pandemia da COVID-19 precipitou o reforço das práticas de higienização nas unidades de saúde e levou à criação de circuitos seguros para dar resposta aos utentes que necessitam de receber cuidados presenciais. No entanto, no primeiro semestre de 2020, assistiu-se a um crescimento de 40% no número de teleconsultas. Fortalecer a resposta da telessaúde é mais importante do que nunca, já que os cuidados médicos à distância vieram para ficar.

Com o surgimento da pandemia da COVID-19, as autoridades de saúde reduziram a atividade programada não urgente das unidades de saúde para poderem dar resposta aos doentes agudos e ao fluxo de doentes infetados com o coronavírus SARS-CoV-2. No entanto, os hospitais e outras unidades clínicas mantiveram-se a funcionar, assegurando os cuidados necessários aos doentes urgentes e emergentes.

Com a suspensão temporária da atividade clínica, pretendeu-se garantir a disponibilidade de meios técnicos e recursos humanos na resposta à pandemia e acelerar a triagem de casos de COVID-19 com indicação para ir ao hospital, ao mesmo tempo que se evitavam aglomerados nas unidades de saúde. Com isso, as consultas presenciais nos centros de saúde caíram 36% no primeiro semestre do ano face a igual período de 2019, segundo dados divulgados recentemente pela Ordem dos Médicos e pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH).

Quebra acentuada nos cuidados presenciais

No primeiro semestre de 2020, fizeram-se em Portugal menos 3,8 milhões de consultas presenciais nos cuidados de saúde primários comparativamente ao período homólogo de 2019, enquanto os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) realizaram menos 902 mil atendimentos. Esta redução representa uma quebra de 22% nas primeiras consultas hospitalares e de 11% nas consultas subsequentes. Já nas urgências hospitalares, assistiu-se a uma redução de 27% de episódios no primeiro semestre. Também as cirurgias sofreram uma quebra significativa, com a realização de menos 30% das intervenções. Em sentido contrário, o número de teleconsultas aumentou 40% no primeiro semestre deste ano.

Em situação de pandemia, os sentimentos de ansiedade e incerteza podem gerar um aumento da procura dos serviços, expondo as unidades de saúde ao risco de colapso. Por outro lado, muitos doentes podem passar a evitar hospitais e centros de saúde, com medo de desenvolverem infeção, aumentando o absentismo em meio hospitalar.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a teleconsulta é uma forma segura e eficaz de acompanhar doentes em ambulatório, mas também um meio efetivo na avaliação de casos suspeitos em diversas patologias. A teleconsulta pode ainda permitir ao profissional de saúde orientar o diagnóstico e o tratamento do paciente, minimizando o risco de progressão e transmissão de doença.

Em contexto de pandemia, a aposta na teleconsulta torna-se ainda mais premente, uma vez que permite diminuir o contacto direto com os pacientes contaminados, restringe a utilização de máscaras e outros materiais de proteção e permite um melhor registo de informação por parte do doente e do médico.

A teleconsulta permite também que muitos serviços clínicos continuem a funcionar de forma ininterrupta.

A teleconsulta tem várias vantagens:
  • Aumenta a cobertura dos cuidados de saúde, potenciando a prevenção em saúde e diminuindo a incidência de doença;
  • Pode reduzir as desigualdades no acesso aos serviços, ao favorecer um acesso equitativo em várias regiões do país;
  • É mais confortável para o utente;
  • Evita deslocações desnecessárias e o absentismo laboral;
  • Representa poupança de tempo;
  • Potencia a segurança do doente;
  • Implica um investimento de baixo custo e permite poupanças na gestão de recursos.
Porém, existem também algumas desvantagens:
  • Investimento tecnológico inicial;
  • Risco de falha técnica;
  • Menor humanização dos cuidados médicos;
  • Perda na avaliação global do doente.

Em alguns casos a teleconsulta não é recomendável, como em situações de primeira observação médica, em contexto de urgência e quando a avaliação do doente implica um exame objetivo.

A evidência científica frisa que a possibilidade de realizar uma teleconsulta deve ser sempre avaliada pelo profissional de saúde e, caso seja viável, essa poderá constituir uma das opções apresentadas ao utente que deverá decidir se prefere ter uma consulta presencial ou digital.

No entanto, importa frisar que a teleconsulta deve obedecer a um conjunto de critérios técnicos, ou seja, as condições tecnológicas devem estar sempre asseguradas, bem como a qualidade do serviço, sob pena de tornar a experiência do profissional de saúde e/ou do utente desagradável, insuficiente e prejudicial.

Conclusão

As teleconsultas são uma abordagem útil na triagem de pacientes e na redução de visitas desnecessárias às unidades de emergência. As teleconsultas programadas permitem a avaliação, controlo e acompanhamento de pacientes em regime de ambulatório que não necessitam de avaliação presencial.

As teleconsultas trazem múltiplas possibilidades em situação de pandemia, numa altura em que as medidas de mitigação se avolumam e as autoridades podem introduzir medidas de confinamento, restrições à circulação ou limitações nos meios de transporte. A teleconsulta permite ainda levar serviços médicos especializados a locais remotos.

Em suma, a telemedicina oferece grandes vantagens na melhoria da prestação dos cuidados de saúde. Permite a redução e por vezes a eliminação do impacto do fator distância na qualidade da prestação dos cuidados de saúde. No entanto, este método requer investimento e a aposta num serviço de qualidade com assistência técnica permanente.

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