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A importância da comunicação na saúde

A comunicação em saúde tem ganho especial relevância nos últimos anos, graças à evolução dos meios de informação e à disseminação do conhecimento. Apesar de a importância atribuída ao vínculo entre estas duas áreas ser relativamente recente, a necessidade de comunicar em saúde tem vários séculos, basta pensar na relação médico-doente. Mas a comunicação neste setor vai mais longe e abrange áreas fundamentais à qualidade de uma instituição, como é a comunicação entre a instituição e o público-alvo.

A comunicação em saúde é a utilização de estratégias para informar e influenciar decisões dos indivíduos, comunidades ou instituições, no sentido de promover a saúde através da adoção de comportamentos informados.

Os processos de informação e comunicação têm importância crítica e estratégica nos serviços de saúde, porque influenciam a avaliação dos utentes à qualidade dos cuidados e são veículo de adaptação à doença, adesão à terapêutica e adoção de comportamentos protetores.

A comunicação é um tema transversal em saúde e com relevância em contextos muito diferentes, como são exemplo a relação entre técnicos e utentes, a relação entre profissionais, a comunicação interna, a qualidade do atendimento e a interação das instituições de saúde com a comunicação social.

Comunicação com o doente

Os utentes avaliam a qualidade dos cuidados a partir da experiência direta com os prestadores e técnicos de saúde. É essencial dotar as equipas de competências comunicacionais, para fomentar a interação multidirecional do utente com a equipa hospitalar no seu todo. Neste contexto, é primordial promover a relação médico-doente, mas também a relação instituiçãodoente. A satisfação dos utentes é um critério que joga fortemente para a qualidade de uma instituição de saúde.

Nesta área, é essencial dar resposta às necessidades da população e às reclamações que são feitas. É preciso receber, registar, responder e implementar processos de melhoria contínua para evitar novas queixas. As sugestões dos utilizadores dos serviços de saúde devem ser tidas em conta, porque são um importante veículo de desenvolvimento para uma instituição. Ignorar os doentes ou protelar soluções são estratégias ineficazes que tornam as organizações mais opacas, menos confiáveis e preteríveis.

Por outro lado, cabe à instituição promover a relação com o utente, com vista a uma melhor gestão de recursos. Para isso, é fundamental criar pontes de comunicação interna e externa, para evitar afluências inesperadas aos serviços, esperas prolongadas, desperdício de recursos e insatisfação de profissionais e utentes.

Entre equipas e profissionais

A comunicação entre profissionais numa instituição de saúde deve ser apoiada por sistemas de registo e monitorização. É essencial haver passagem de informação e controlo interno para que se evitem falhas de comunicação, utilização excessiva de recursos e, no limite, erro clínico. A falta de comunicação entre profissionais, independentemente da sua formação, prejudica a qualidade do atendimento, a efetividade dos cuidados, ao mesmo tempo que contribui para estruturas ineficientes e gastos inúteis.

Prestar cuidados de saúde é trabalhar em equipa, o que implica reconhecer o papel de cada um e de todos. A colaboração entre serviços, profissionais e utente só é eficaz quando se aposta na comunicação multidirecional.

Relação com os meios de comunicação

A comunicação em saúde abrange mensagens que podem ter finalidades muito diferentes, tais como promover a saúde, prevenir a doença, evitar comportamentos de risco, lidar com ameaças ou gerir recursos, entre outras.

A comunicação social desempenha uma função preponderante na promoção da saúde. Um dos novos desafios das organizações neste setor passa pelo estreitamento de relações com os meios de comunicação. Os jornalistas têm uma natural aptidão para passar mensagens de forma simples, sem ser simplista. Cabe também às instituições de saúde adotar um papel ativo nessa difusão de informação. A aproximação das instituições aos órgãos de comunicação é umaestratégia poderosa com vista à prevenção da doença.

A evolução dos meios de informação disseminou o acesso à informação em saúde, o que tem despertado interesse às instituições. As novas formas de comunicação vieram alterar a forma como se consome informação. Apesar de haver informação abundante, isso não significa que os cidadãos saibam assimilar e utilizar esses dados. A saúde abarca complexidades, especificidades e peculiaridades de difícil interpretação. Por outro lado, a literacia em saúde é baixa em Portugal, assim como em outros países desenvolvidos. Desta forma, é crucial o contributo e relação das instituições de saúde com que os profissionais de comunicação para tornar a informação em saúde clara, compreensível, credível e baseada na melhor evidência.

Conclusão

A comunicação em saúde deve ser uma estratégia-chave para as instituições. Apostar nesta área pode promover mudanças positivas nos ambientes sociais, económicos e físicos, melhorar a acessibilidade dos serviços de saúde e facilitar a adopção de normas que contribuam positivamente para a saúde e qualidade de vida. Em resumo, os processos de informação e comunicação em saúde podem representar ganhos em saúde para todos e contribuir para o bem-estar psicológico e qualidade de vida dos utentes. Comunicar saúde ajuda a consciencializar a população para ameaças, influencia a adoção de comportamentos protetores e promove a utilização dos recursos e serviços de forma adequada.

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